Em um mercado cada vez mais interligado e volátil, compreender o papel dos derivativos é fundamental para qualquer investidor ou empresa que queira gerir riscos e aproveitar oportunidades.
Este artigo explora em detalhes o funcionamento das opções e dos futuros, apresentando definições, exemplos numéricos, comparações, riscos e aplicações práticas.
Os derivativos são instrumentos financeiros cujo valor deriva de um ativo subjacente, que pode ser uma ação, moeda, commodity ou taxa de juros.
Esses contratos permitem tanto a proteção de posições no mercado (hedge) quanto a especulação, visando lucros rápidos em cenários de oscilações.
No mercado futuro, as partes firmam um contrato para comprar ou vender um ativo em uma data futura, por um preço acordado no momento da negociação.
Ao assumir uma posição, cada parte tem direito e obrigação de cumprir os termos do contrato na data de vencimento, o que garante segurança para ambos os lados.
Uma característica essencial é o ajuste diário de acordo com variação do preço do ativo subjacente.
Cada dia, ganhos e perdas são liquidados na conta do investidor, exigindo depósitos adicionais ou liberando valores conforme o desempenho do contrato.
Suponha que um investidor venda um contrato futuro de ações a R$ 35,00 para vencimento em seis meses.
Se o preço da ação subir para R$ 40,00, ele deve pagar R$ 5,00 por ação diariamente; se cair para R$ 30,00, recebe R$ 5,00 por ação.
Esse mecanismo de ajuste diário reforça a necessidade de um controle rígido de caixa.
Em maio de 2020, o contrato futuro do petróleo WTI fechou em US$ -13,10 por barril, uma desvalorização de 300% devido ao excesso de oferta e à falta de capacidade de armazenamento.
O episódio evidenciou como choques inesperados podem gerar perdas extraordinárias para quem opera com derivativos.
As opções são contratos que conferem ao titular o direito mas não a obrigação de comprar (call) ou vender (put) um ativo a um preço predeterminado (strike) até ou na data de vencimento.
O comprador paga um prêmio ao vendedor, que assume a obrigação de honrar a negociação caso o titular exerça seu direito.
Existem opções americanas, exercíveis a qualquer momento antes do vencimento, e europeias, restritas ao dia de vencimento.
Um investidor adquire uma call de uma ação a R$ 30,00 pagando um prêmio de R$ 2,00.
Se a ação subir para R$ 40,00, ele exerce a opção, comprando a R$ 30,00 e obtendo um lucro de R$ 8,00 por ação após descontar o prêmio.
Se o preço não superar o strike, o máximo prejuízo é o prêmio pago.
Embora ambos sejam derivativos, apresentam características distintas:
Opções e futuros são amplamente usados tanto por empresas quanto investidores individuais:
Operar derivativos exige preparo técnico e financeiro rigoroso. Há riscos elevados e exige conhecimento especializado para evitar surpresas.
Em futuros, o ajuste diário pode comprometer o fluxo de caixa; em opções, o lançador pode sofrer perdas ilimitadas.
Compreender o funcionamento de opções e futuros é essencial para operar com segurança e estratégia no mercado financeiro.
Antes de entrar em posições alavancadas, estude exemplos práticos, teste estratégias em simulações e mantenha recursos de margem adequados.
Assim, você poderá aproveitar as vantagens dos derivativos, controlando riscos e buscando resultados consistentes.
Referências