Investir em ações pode parecer um labirinto para quem está começando. Compreender cada categoria de papel na B3 é fundamental para alcançar seus objetivos financeiros e minimizar riscos.

Neste guia completo, você vai descobrir as características, benefícios e desafios de cada tipo de ação, além de aprender a escolher a melhor opção de acordo com seu perfil e horizonte de investimento.

Principais Tipos de Ações na B3

No mercado acionário brasileiro, as empresas ofertam diferentes classes de ações, cada uma com atributos específicos. Conhecer essas particularidades ajuda a construir uma carteira alinhada aos seus objetivos.

As principais categorias negociadas na B3 são:

Ações Ordinárias (ON)

As ON representam participação societária e conferem ao investidor direito de voto em assembleias estratégicas, permitindo influenciar decisões relevantes.

• Permitem votar e sugerir mudanças na gestão da empresa
• Garantem proteção com tag along em caso de controle vendido
• Menor liquidez em comparação às preferenciais
• Códigos terminam em “3” (ex: PETR3, VALE3)
• Não têm preferência no pagamento de dividendos

Ações Preferenciais (PN)

Se o seu foco é preferência no recebimento de dividendos e liquidez, as PN podem ser a melhor escolha, pois oferecem um fluxo de renda mais estável.

• Recebem dividendos antes das ON
• Maior liquidez facilita a compra e venda
• Sem direito de voto nas assembleias
• Códigos terminam em “4” (ex: PETR4, ITSA4)

Ações Unit

As units trazem acesso simultâneo a direitos políticos e econômicos em um único ativo, combinando ON e PN em proporções definidas.

• Agrupam diferentes classes de ações (ON+PN)
• Liquidez 27% superior à média das ações tradicionais
• 79% estão em níveis diferenciados de governança
• Códigos terminam em “11” (ex: VALE11, SANB11)
• Volume médio diário cresceu 37% nos últimos 24 meses

Comparação entre ON, PN e Unit

Para visualizar de forma clara as diferenças, confira a tabela comparativa abaixo. Os dados reforçam que volume médio diário cresceu 37% nas units nos últimos 24 meses.

Vantagens e Desvantagens

Understanding the pros and cons of each class helps you balance risk and return in your portfolio.

As ações ON oferecem grande poder de influência. Seus pontos fortes incluem direito de voto e tag along, mas a liquidez reduzida pode dificultar saídas rápidas. Em cenários de queda, a falta de preferência em dividendos torna esse papel mais volátil.

Já as PN são menos arriscadas em termos de renda, pois priorizam o pagamento de lucros. Essa preferência nos dividendos e liquidez é ideal para quem busca caixa recorrente. Contudo, sem voto, o investidor abre mão de participar de decisões estratégicas.

As units combinam o melhor dos dois mundos, trazendo alta liquidez e acesso a direitos políticos e econômicos. No entanto, podem não satisfazer investidores com foco exclusivo em governança ou apenas em dividendos, exigindo planejamento cuidadoso.

Critérios para Escolha do Investidor

Para definir onde investir, analise seu perfil e objetivos. Confira alguns critérios essenciais:

Interesse em governança: Se sua meta é influenciar a gestão e acompanhar de perto as decisões, as ações ON são indicadas, especialmente em empresas do Novo Mercado apenas ON, que seguem padrões rígidos de transparência.

Busca por renda: Investidores focados em fluxo estável de dividendos devem priorizar as PN, com o benefício da maior liquidez. Essa combinação facilita o planejamento financeiro pessoal.

Equilíbrio entre voto e renda: As units surgem como solução híbrida, alinhada a quem pretende diversificar em um único ativo. Observe sempre a composição e as condições de mercado antes de optar por essa classe.

Exemplos Práticos

Para ilustrar a aplicação desses conceitos, confira alguns casos reais:

PETR3 e VALE3 representam grandes players com forte governança e Tag Along obrigatório. Investidores que procuram influência na gestão costumam iniciar por esses papéis.

PETR4 e ITSA4 atraem quem busca dividendos regulares, apresentando histórico consistente de remuneração ao acionista.

VALE11 e SANB11 unem ON e PN em um único certificado, proporcionando maior liquidez e uma exposição balanceada. A Unit TAEE11, por exemplo, combina 1 ON com 2 PN, mesclando controle e retorno.

Conclusão e Próximos Passos

Escolher entre ON, PN e Unit vai além de um simples ticker: é definir como você deseja participar do mercado. Compreenda as características antes de investir para alinhar suas escolhas às suas metas.

Comece avaliando seu perfil de risco e horizontes de investimento. Em seguida, pratique com small positions e monitore o desempenho. Com tempo e experiência, será possível aproveitar tendências do mercado financeiro brasileiro e construir uma carteira robusta.

Agora que você domina as diferenças entre ON, PN e Unit, o próximo passo é aplicar esse conhecimento em sua estratégia. Boa jornada e bons investimentos!